A importância da fisioterapia no tratamento oncológico e de pacientes com Covid-19

Os pacientes oncológicos são caracterizados por sofrerem uma importante perda na força muscular e risco de complicações pulmonares, decorrente não apenas de sua patologia de base, mas pelos tratamentos aos quais são submetidos. Dessa forma, a fisioterapia se faz importante utilizando técnicas específicas que promovem a prevenção e o tratamento. Assim como, com o surgimento do novo coronavírus (SARS-CoV-2), o qual é uma doença que afeta primariamente o sistema respiratório dos pacientes infectados, a atuação do fisioterapeuta é essencial para recuperação do paciente.

A covid-19 pode causar desde sintomas leves, semelhantes a um resfriado comum, até evoluir para casos mais graves, precisando utilizar a ventilação mecânica, a fisioterapia então, inclui desde exercícios respiratórios que visam a expansão pulmonar e fortalecimento de músculos em casos iniciais e fase final de recuperação, até o manejo ventilatório em pacientes internados na UTI. A fisioterapia respiratória e motora portanto, contribui para evitar complicações cardiopulmonares e circulatórias, que são decorrentes por vezes da síndrome do imobilismo, em indivíduos internados e também para recuperar a capacidade pulmonar de quem já se curou da doença.

O Hospital do Câncer Uopeccan conta com 17 fisioterapeutas entre as unidades de Cascavel e Umuarama. Durante o internamento são realizados os primeiros cuidados para garantir reabilitação respiratória do paciente. Quando o paciente estiver sedado e entubado, o fisioterapeuta realiza todo o manejo e desmame dos parâmetros ventilatórios, assim como testes para avaliar a função pulmonar e o preparo do pulmão até o momento da decisão em conjunto com o médico da retirada do respirador. “Depois que o paciente estiver acordado, os exercícios terão como objetivo evitar uma nova piora do ponto de vista respiratória e para que o mesmo retorne para a sociedade o mais apto possível para a execução das atividades do dia-a-dia”, ressalta a fisioterapeuta da UTI, Andressa Pereira.

A responsável Técnica em Terapia Intensiva, fisioterapeuta, Ana Luiza Rezende Nabhan, explica os procedimentos realizados durante o atendimento pós-hospitalar: “O paciente recebe orientações do profissional da saúde com exercícios e procedimentos terapêuticos para fortalecer a musculatura respiratória e periférica, esse processo melhora a expansibilidade pulmonar. Em alguns casos é necessário intervenções na reabilitação física decorrente de danos musculares residuais consequentes ao tempo de internamento”.

Equipe de fisioterapeutas da Uopeccan de Cascavel

 

Equipe de fisioterapeutas da Uopeccan de Umuarama

Equipe de fisioterapeutas da Uopeccan de Umuarama

Em 2024, realizamos 488.226 atendimentos, em dados mais precisos, foram 159.811 consultas, 116.232 exames, 20.612 internamentos e pronto atendimento, 126.714 atendimentos multidisciplinares (nutrição, serviço social, fisioterapia, odontologia, psicologia, fonoaudióloga), 34.445 radioterapias, 18.919 quimioterapias e 10.979 cirurgias. Além disso, o hospital é habilitado para fazer transplantes de fígado, 219 desde 2018, medula, 293 transplantes desde 2009 e em janeiro de 2025, realizamos os dois primeiros transplantes de rim. Quando falamos em números de refeições servidas pelo Complexo Hospital e Casa de Apoio, foram 391.551.