Dr. Willyan Inamine - CRM 16.377PR
A reconstrução mamária possui diversas técnicas cirúrgicas
A mastectomia traz consigo um grande choque na vida das mulheres, sendo uma das causas de depressão. Porém, a ciência e a tecnologia trabalham juntas para minimizar esse impacto. A paciente que se submete a mastectomia por câncer de mama tem como opção a cirurgia de reconstrução da mama retirada. Existem dois tipos de reconstrução: a imediata e a tardia. A decisão do tipo de cirurgia depende de uma decisão conjunta entre paciente, cirurgião plástico e cirurgião oncológico.
“A reconstrução imediata envolve à reposição de pele e volume mamário no mesmo ato cirúrgico da mastectomia. Atualmente, é uma técnica preferencial, pois não deixa que a paciente fique, por um período, sem a mama, gerando uma sensação de mutilação corporal”, explica o Cirurgião Plástico do Hospital Uopeccan, Dr. Willyan Inamine.
A reconstrução tardia é realizada em tempo cirúrgico diferente da mastectomia. A paciente fica sem a mama para, posteriormente, realizar a cirurgia plástica.
As técnicas cirúrgicas são:
– Colocação de implante mamário: realizada no ato da mastectomia poupadora de pele (conservadora) devolvendo o volume mamário da paciente;
– Colocação de expansor: realizada no ato da mastectomia com retirada de pele como por exemplo da necessidade de retirar a aréola e mamilo. Como há falta de pele e volume, implanta-se uma bolsa com soro fisiológico na paciente. São feitas injeções de soro fisiológico sequenciais ambulatoriais para expandir a pele até chegar no tamanho adequado e depois o expansor é trocado por um implante definitivo. Atualmente, temos também a opção do expansor de Becker em que não há necessidade de trocá-lo por um implante.
– Reconstrução por Transposição do Músculo Reto-Abdominal (TRAM): retira-se a pele e a gordura da região abdominal abaixo do umbigo em conjunto com o músculo reto-abdominal.
– Reconstrução com Músculo Grande-Dorsal: retira-se a pele e o músculo grande dorsal para reconstrução mamária. Necessita da utilização do implante mamário para conseguir volume adequado.
– Reconstrução de aréola: pode ser feita através de enxertos de pele da mama oposta ou da pele da raiz da coxa. Também pode ser feita pigmentação (tatuagem) mimetizando a aréola.
– Reconstrução de mamilo: realiza-se com retalhos locais que é o tecido da própria mama reconstruída ou através de enxerto de mamilo da mama oposta.
Cirurgião Plástico, que compõe a equipe Oncoplástica da Uopeccan ressalta “o mais importante é a paciente ter a informação de que há a opção da reconstrução mamária e que procure por uma equipe multidisciplinar com experiência para indicar e executar a melhor técnica no seu caso”.
Dr. Willyan Inamine – CRM 16.377PR