Rubinha poderia ser apenas uma boneca comum como as outras, mas ela faz parte da equipe da oncopediatria na Uopeccan de Cascavel, se dedicando em tempo integral para auxiliar a equipe multidisciplinar na rotina hospitalar. “Muitas crianças e adolescentes têm medo da realização dos procedimentos no início e durante o tratamento oncológico. A Rubinha contribui para facilitar essa comunicação com os pais sobre a implantação do cateter port-a-cath, punção de cateter e acessos venosos, ajudando no processo de aceitação da criança aliviando a ansiedade, e assim colaborando no atendimento. Além, de utilizarmos com os pais, é usado também na educação continuada da equipe de enfermagem e médica”, destacou a enfermeira especialista na oncologia pediátrica, Rubiane Beal.
O nome de batismo foi escolhido por uma paciente, como forma de homenagear a enfermeira Rubiane que trabalha há 12 anos na Uopeccan. “Eu me sinto muito honrada como profissional, e não teria reconhecimento melhor que esse”, agradeceu a enfermeira.
Para Taynara Correira Maciel, mãe do Alef Maciel de Morais, de 4 anos, que foi diagnosticado com leucemia em novembro deste ano, a boneca Rubinha tem sido uma grande aliada. “Tudo é muito novo para mim, eu não fazia ideia como era feito esse acesso, a partir do momento que a enfermeira me mostrou, eu consegui entender melhor e ficar mais tranquila”, contou Taynara.
Os brinquedos terapêuticos servem para aliviar o sofrimento e o estresse das crianças devido à internação, os pequenos pacientes a entender o que se passa com ele e ao que será submetido, além de tornar o ambiente hospitalar menos hostil e mais acolhedor. “Através da fantasia e do brincar a criança reproduz, ela interpreta situações de angústias e frustrações com um final que consiga ir em melhor acordo com seu desejo, e assim alcançar elaboração e amparo diante eventos difíceis em sua vida. Desta forma o brincar, do qual muitas vezes possui brinquedos como auxílio, são para a criança uma forma de comunicação do inconsciente. É brincando e interpretando que a criança vai descobrindo de si e do mundo, bem como pensando em formas únicas de respostas diante da vida, além de descobrir o próprio potencial”, explicou a psicóloga hospitalar, Ana Carolina Mantovani.